Ocupação que a mais de 30 anos está ás margens do córrego Aricanduva é fruto de um processo histórico de politicas de moradia insuficientes e que atualmente a produção de novas moradias e de um programa de urbanização de favelas e de regularização fundiária é necessário e fundamental, ligado a isso a questão da tragédia que é o grande número de favelas e ocupações ameaçadas de despejo e de ocupações em margens de córregos de proteção ambiental que é fruto também desse processo de exclusão e que tem feito com que famílias pobres tenham como única opção de moradia essas áreas ambientalmente frágeis.
Durante a última semana estivemos acompanhando mais um passo no processo de despejo que as famílias da favela São João na região do Jd. Iguatemi na zona leste de São Paulo está enfrentando. Cerca de 100 famílias que estamos acompanhando com assessoria jurídica e de organização de base.
Cabe ressaltar que segundo dados da Câmara Municipal de São Paulo e de matérias veiculadas em diversos canais de informação a prefeitura de São Paulo tem hoje em caixa cerca de 34 bilhões, uma cidade com a dimensão e os problemas que têm não pode se dar ao luxo de ter esse valor em caixa sem ser investido em políticas públicas que possam melhorar a qualidade de vida da população e a situação só piora já que a prefeitura de São Paulo enviou recentemente projeto de lei que muda os investimentos do Fundurb - Fundo de Desenvolvimento Urbano e que é fundamental para investimentos em habitação e mobilidade urbana.
A proposta que foi aprovada em primeira votação na Câmara Municipal que autoriza a Prefeitura de São Paulo a usar o dinheiro da habitação e da mobilidade para a pavimentação e recapeamento de vias, a questão aqui é que a Prefeitura tem dinheiro em caixa para recapeamento e tirar dinheiro do Fundurb vai piorar a situação das famílias mais pobres que estão pagando aluguéis cada vez mais altos, muitas em situação de rua, nas ocupações e favelas, ameaçadas de despejo, como é o caso das famílias da Favela São João e que não tem perspectiva de um programa de habitação de interesse social que possa atender as demandas de nossa cidade.
Nós do MDF defendemos a implementação de um forte programa de urbanização de favelas na cidade, que processos de regularização fundiária sejam mais ágeis e que principalmente possa atender famílias residentes em áreas de risco, tragédias oriundas das mudanças climáticas podem ser evitadas, desde que exista o devido investimento e priorização e fica claro que no caso da cidade de São Paulo dinheiro não é o problema.
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